O último trabalho de Daniel Matos, «A Pedra, a Mágoa», foi premiado no 31.º Festival PUF, na Croácia, com o prémio «DROP» de Melhor Performance. A peça do coreógrafo lacobrigense destacou-se como uma forma teatral profundamente atenciosa e emocionalmente potente. “Num palco completamente simplificado, trouxe à luz um poderoso espectro de emoções através do trabalho de três artistas ecepcionais. Esta é uma peça que funde precisão artística com intimidade crua, abrindo espaço para uma reflexão profunda”, descreve.
Usando o corpo como testemunho, e o silêncio – com apenas som mínimo – como uma ferramenta retórica que ressoa mais poderosamente do que as palavras, Daniel Matos intensifica o impacto emocional de confrontar experiências humanas universais e despojadas através do seu minimalismo estético. Devido à consistência de seu conceito, ousadia na performance e forte composição visual de uma imagem pseudo-pastoral evocada que permanece longa na memória, «A Pedra, a Mágoa» demonstra como, mesmo com a maior simplicidade dos meios teatrais, alguém pode alcançar uma expressão artística profundamente complexa.
Foto: Daniel Pina