O Algarve Music Series, fundado em 2016 pela violoncelista Isabel Vaz e pelo pianista Vasco Dantas, regressa este outono para celebrar a sua 10.ª edição com uma programação diversificada que atravessa a música de câmara, concertos sinfónicos, jazz e música folk. O ciclo realiza-se entre 1 de outubro e 16 de novembro, com concertos distribuídos pelos concelhos de Faro, Loulé e Tavira, trazendo ao sul do país nomes de referência internacional.

Sob o tema ECHOS, o festival propõe uma reflexão sobre a forma como a música ressoa no tempo e no espaço, através de três dimensões centrais: echos da tradição e inovação, que promovem o diálogo entre música clássica, contemporânea, tradicional e eletrónica; echos sonoros, que exploram encontros inesperados de instrumentos e timbres, da harpa com eletrónica, ao piano e marimba; e echos geográficos, que permitem a circulação de artistas e obras por diferentes palcos do Algarve, adaptando-se a públicos e contextos distintos. Com uma forte ligação ao território, o Algarve Music Series trabalha em estreita parceria com instituições culturais e educativas da região, como a Orquestra do Algarve e os Conservatórios de Música de Olhão, Loulé e do Algarve, envolvendo a comunidade e promovendo a descentralização cultural.

O arranque da edição de 2025 acontece no Teatro das Figuras, em Faro, com a Orquestra do Algarve, numa noite dedicada ao Triplo Concerto de Beethoven, uma das obras mais emblemáticas do repertório clássico, incluindo ainda os Mouvements Perpétuels e a vibrante Sinfonietta de Francis Poulenc, numa celebração do Dia Mundial da Música que promete marcar a memória do público. A 10.ª edição do Algarve Music Series percorre ainda da música tradicional irlandesa à música contemporânea, contando com interpretações de renome como o duo Thomas Enhco e Vassilena Serafimova em Bach Mirror, o recital de piano de Istvan Szekely, o Trio António Capela, a eletrónica explorada em diálogo com a harpa e a excelência dos solistas da Orquestra XXI, culminando com os Zagreb Soloists e músicos como Miguel Simões e Toby Hoffman a revisitar o romantismo na música de câmara, oferecendo ao público uma experiência diversificada, envolvente e única que celebra a circulação artística, a inovação sonora e a riqueza cultural do Algarve.