No dia 3 de outubro, o Campus da Penha da Universidade do Algarve, em Faro, acolhe o II Simpósio Redes Fantasma & Conservação Marinha, organizado pela OPAA – Ocean Patrol Association, Conservation & Sustainability (Portugal) em colaboração com o Projeto Redes Fantasma (Suíça). O encontro reunirá cerca de 70 participantes, incluindo ONGs, comunidades piscatórias, universidades, empresas, autoridades marítimas, entre outros, para debater soluções práticas e escaláveis para tentar solucionar a problemática das redes fantasma.
A cada ano, entre 500 mil e 1 milhão de toneladas de equipamento de pesca (conhecido como «redes fantasma») são perdidas nos oceanos. Estima-se que isso represente cerca de 2 por cento do total de equipamentos utilizados, incluindo 2 mil e 963 quilómetros quadrados de redes de emalhar, 75 mil e 49 quilómetros quadrados de redes de cerco e 218 quilómetros quadrados de redes de arrasto. Estas redes continuam a capturar animais indiscriminadamente, contribuindo para a morte de dezenas de milhares de mamíferos, aves e tartarugas marinhas anualmente. A pa disso, essas redes degradam-se lentamente e tornam-se micro e nano plásticos, que entram na cadeia alimentar e afetam a saúde humana, do cérebro ao coração.