Lassana Marna, o novo governante do Oio, região da Guiné-Bissau, foi recebido, no dia 22 de setembro, pelo presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, no âmbito do acordo de geminação que a autarquia algarvia mantém com Bissorã há mais de duas décadas. “Esta visita é uma oportunidade para debatermos vários assuntos relacionados com Bissorã e as relações mútuas que existem entre Loulé e Bissorã que espero que vão continuar. Faço votos para que este seja um encontro frutuoso”, referiu o responsável guineense durante a receção no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Neste encontro, Lassana Marna teve a oportunidade de visitar alguns serviços municipais, como a Loja Loulé Habita ou a Loja do Munícipe, bem como equipamentos desportivos e culturais, casos do Pavilhão Professor Joaquim Vairinhos, Palácio Gama Lobo e Cineteatro Louletano. O governante de Oio deixou junto do autarca de Loulé alguns dos problemas que afetam o município de Bissorã e os principais anseios da sua população, seja em termos infraestruturais num país onde as condições ao nível do saneamento, salubridade ou de saúde são bastante deficitários, bem como em áreas como a educação ou gestão municipal.
Recorde-se que, em março de 2001, o (então) autarca Vítor Aleixo foi signatário de um acordo de geminação com Bissorã, um município que faz parte da região do Oio. Com 60 mil habitantes, que vivem em 184 tabancas (aldeias), na maioria são populações carenciadas que subsistem da agricultura, pesca e criação de gado. O protocolo que vigora desde então tem contribuído para fortalecer as relações bilaterais, permitido apoiar esta comunidade guineense.
Em 2024, foi celebrada uma cooperação com a cidade de Bissorã, previamente acordada com a Universidade do Algarve, que já permitiu a vinda de um aluno da Guiné-Bissau para Portugal para frequentar o curso de Ciências Biomédicas nesta instituição. “É com imenso agrado que recebemos a presença do senhor governador do Oio, em representação do município de Bissorã, nosso «irmão». Esta cooperação traduz bem o espírito que desejamos para Loulé: um concelho aberto ao mundo, atento às suas responsabilidades históricas e solidário com as comunidades de Língua Portuguesa. Numa altura em que assistimos a populismos que acentuam as diferenças entre os povos, acreditamos que é fundamental promover o diálogo intercultural e o respeito pelo outro, construindo pontes de amizade para que o futuro da Humanidade seja mais risonho”, considera Vítor Aleixo.