Foi inaugurada, no dia 3 de outubro, na sede da CCDR Algarve e no Teatro Lethes, em Faro, a exposição comemorativa dos 180 anos de história deste espaço cultural emblemático da região, com curadoria de Ana Clara Santos. A iniciativa é promovida pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve e Câmara Municipal de Faro, em parceria com diversas entidades locais e nacionais, reforçando o papel do Teatro Lethes na vida cultural e comunitária do Algarve.
O edifício onde se encontra o Teatro Lethes começou por ser um colégio de Jesuítas – Colégio de Santiago Maior, fundado em 1599 pelo então Bispo do Algarve, D. Fernando Martins Mascarenhas. Em 1759, a Companhia de Jesus foi banida do país e foram confiscados os seus bens, por ordem do Marquês de Pombal. O Colégio de Santiago Maior, um local de aprendizagem de matriz religiosa, encerrou as suas portas.
Em 1843, o Colégio foi arrematado em hasta pública por Lazaro Doglioni, que manifestara publicamente a intenção de construir em Faro um teatro à semelhança do S. Carlos, de Lisboa, e do «À La Scalla», de Milão. A inscrição latina na fachada do edifício, «Monet Oblectando», poderá ser traduzida por «instruir, brincando», salientando assim as preocupações culturais do promotor da construção desta sala de espetáculos.
O Teatro Lethes foi inaugurado a 4 de abril de 1845, associando-se às comemorações do aniversário da Rainha D. Maria II. A partir de 2012 ali foi instalada A Companhia de Teatro do Algarve – ACTA, como estrutura residente. O Teatro Lethes foi classificado como Imóvel de Interesse Público por decreto de 30 de novembro de 1993, com a designação de «Colégio de Santiago Maior, atualmente ocupado pelo Teatro Lethes».
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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