O edifício onde funcionou durante anos a Escola Profissional de Gestão e Tecnologias Marítimas de Quarteira, e que mais tarde serviu para albergar, temporariamente, o Posto da GNR, voltou à sua função inicial e desde o ano letivo 2024/24 que acolhe o Jardim de Infância do Forte Novo. A intervenção realizada pela Câmara Municipal de Loulé assentou na alteração do espaço localizado junto a uma das avenidas principais da cidade de Quarteira, permitindo receber 125 alunos (capacidade total), com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos de idade.

Numa área total de construção de mais de 800 metros quadrados e um espaço exterior de apoio, foram criadas várias áreas como zona de atendimento/receção, 6 salas de atividades, 1 sala de pequenos grupos, diversas arrecadações, instalações sanitárias para professores e alunos, bar/copa e refeitório. E, como referiu Dalila Afonso, diretora do Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres, o novo edifício pretende proporcionar uma educação de qualidade desde os primeiros anos de vida e constitui um espaço pensado para “acolher, educar e inspirar as nossas crianças, oferecendo-lhe condições de aprendizagem que favoreçam o seu desenvolvimento integral e, sobretudo, a felicidade de cada uma delas”.

Em representação da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares do Algarve, Eugénia Narciso também destacou o facto de este ser um “investimento no futuro das crianças e no desenvolvimento da comunidade”, mais do que a componente material. “É mais do que um edifício, é um lugar de afetos, de partilha e de descoberta, onde as crianças terão sempre as suas primeiras experiências de aprendizagem e de convivência. É mais um passo significativo no caminho de uma escola pública de qualidade, moderna e muito humanista”, notou.

O Jardim de Infância do Forte Novo faz parte do agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres, que agrega 8 estabelecimentos de ensino, com valências desde o pré-escolar até ao secundário, acolhendo mais de 2 mil e 100 alunos. A presente obra de reabilitação e adaptação rondou os 600 mil euros e é mais uma resposta ao aumento demográfico que o concelho de Loulé, em particular a freguesia de Quarteira, tem assistido nos últimos anos. Porém, apesar de obra feita na área da Educação, “as necessidades cresceram de uma forma muito veloz e nós não fomos capazes de acompanhar um crescimento repentino e que exigia respostas imediatas”, reconheceu o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo.

O autarca aproveitou este dia para fazer um balanço da obra realizada ao longo destes 12 anos de mandato, desde logo a construção do Conservatório de Música de Loulé Professor Francisco Rosado, uma escola pública para o ensino especializado da Música, que conta atualmente com mais de 300 alunos. Na cidade de Quarteira, o principal investimento foi a requalificação da Escola EB2,3 D. Dinis, uma intervenção profunda e que deu à cidade “uma escola muito digna, com as melhores condições que se pode encontrar em Portugal”.

Na sede do concelho foi recentemente inaugurada a ampliação de outra EB2,3, a Eng.º Duarte Pacheco, com 7 novas salas e outros equipamentos; uma escola que tem uma forte aposta no ensino profissional. No mesmo agrupamento, foi construída a EB1+JI Hortas de Santo António 2, mais uma resposta ao crescimento do número de alunos no território. O edil lembrou ainda a reabertura, adaptação e reequipamento de vários estabelecimentos de ensino que tinham encerrado, como foi o caso do Poço Novo, Escanxinas, Alfarrobeira, Goldra e Fonte Santa.

Quanto ao futuro, Vítor Aleixo adiantou que está já concluído o projeto do CECQ – Centro de Educação e Cultura de Quarteira, mais um polo dedicado ao ensino especializado, neste caso da Dança. “Vai ser um acontecimento nacional. Fica em herança deste executivo para o próximo presidente da Câmara”, avançou. No âmbito da Carta Educativa, está prevista ainda a construção de duas novas escolas secundárias, em Loulé e Almancil, uma nova EB1+JI em Quarteira, além da requalificação da EB2,3 Dr. António de Sousa Agostinho, em Almancil, e da Escola Secundária Dra. Laura Ayres, onde será criada “uma escola de última geração”.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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