Vila Real de Santo António volta a abrir as portas a uma das mais aguardadas tradições do concelho e da região: o Presépio Gigante. Em 2025, a iniciativa cumpre a sua 23.ª edição e reafirma a sua imponência, atingindo, este ano, a fasquia das 6 mil figuras, distribuídas pelo recinto que ocupa integralmente o Centro Cultural António Aleixo.

A exposição pode ser visitada entre 29 de novembro e 6 de janeiro de 2026 e a novidade desta edição é a inclusão de uma gruta especialmente criada para o efeito, que recria os costumes e tradições da época, acrescentando ainda mais interesse aos cenários temáticos e históricos. O Presépio Gigante de Vila Real de Santo António mantém a escala que o tornou numa referência nacional: 240 metros quadrados, construídos com mais de 20 toneladas de areia, 4 toneladas de pó de pedra, 3 mil quilos de cortiça e múltiplos elementos decorativos que recriam cenários da região e episódios bíblicos. A montagem envolveu cerca de 2 mil e 500 horas de trabalho, distribuídas por 40 dias, e integra aproximadamente 100 peças animadas e motorizadas, lagos, iluminação dinâmica e composições cenográficas que conferem movimento ao conjunto e o tornam único.

Entre os elementos que compõem o presépio mantêm-se referências emblemáticas da região: a Praça Marquês de Pombal, as salinas, as noras algarvias e as cabanas tradicionais de Monte Gordo. O busto do poeta António Aleixo, inserido numa pedreira detalhada, volta também a figurar em destaque. A conceção e a construção são assinadas por Augusto Rosa, Teresa Marques e Joaquim Soares, aos quais se juntam, este ano, Tiago Soares e Paulo Rodrigues, reforçando a equipa responsável por esta criação.

O Presépio Gigante mantém o compromisso ambiental, utilizando materiais naturais ou reaproveitados (cortiça, musgo, madeira) e sistemas de iluminação LED de baixo consumo. A água dos lagos ornamentais é igualmente reutilizada. E, ano após ano, o Presépio Gigante consolida-se como um dos principais eventos de Natal no Algarve, atraindo visitantes de todo o país e da vizinha Espanha. A sua dimensão, os pormenores artesanais e o trabalho coletivo, fazem deste presépio um marco cultural da quadra.