O Emersivo — Festival Itinerante de Cultura Emergente encerrou, de 6 a 8 de dezembro, o seu primeiro ciclo de cultura itinerante. Na última paragem, o festival inundou o IPDJ, em Faro, de um intenso e diverso programa cultural de música, performance e poesia que envolveu artistas das mais diversas geografias e influências numa partilha simbiótica da arte emergente.

Organizado pela associação A Tal Emersa e com produção da Epopeia Group, o festival consolidou a sua natureza itinerante com a chegada à capital algarvia depois das paragens anteriores em Louro (Vila Nova de Famalicão) e Vila Ruiva (Cuba). Nesta terceira paragem, o festival contou com a participação de Daphné Chenel, André Louro, Tomás., Kilavra, Hugo Costa, Jacaréu, FeMa, Sara Martins, Luís Ene, Marta Lima, Ana Tereza, Bárbara Pina, David Garcez, Tiago Marcos, Recante, JUG e Mirage People.

A par da programação artística, o festival acolheu ainda a tertúlia «Entidades públicas como agentes de disseminação cultural» no dia 6, que, moderada por Luís Caracinha (produtor do festival), contou com a participação de Elsa Cavaco (CCDR Algarve), Marco Lopes (Museu Municipal de Faro), Dália Paulo (Câmara Municipal de Loulé), Custódio Moreno (Câmara Municipal de Olhão) e Bruno Inácio (Câmara Municipal de Faro). No dia 7, a tertúlia moderada por Susana Monteiro (Radialista e Apresentadora) incidiu sobre a temática «O papel da comunicação social na educação de público» e contou com o contributo de Júlio Ferreira e Ricardo Coelho (Alvor FM) e Pedro Duarte (Jornalista e Radialista). No dia 8 de dezembro, a conversa debruçou-se sobre o tema «Emoção vs Razão na produção cultural» e numa conversa conduzida por Bruno Oliveira (Programador Cultural), contou com o testemunho de Luís Vicente (ACTA e Teatro Lethes), Célia Trindade (Atelier do Movimento), Fúlvia Almeida (ArQuente), Fernando Júdice (República 14), Pedro Bartilotti (Ginásio Clube de Faro) e Pedro Brandão (Algarve ao Vivo).

Com este encerramento de ciclo em Faro, o Emersivo assume-se, não apenas como palco para criação emergente, mas também como plataforma de encontro, experimentação e diálogo cultural, reforçando a presença das pequenas e médias cidades no mapa da cultura contemporânea portuguesa. “O festival nasceu de uma premissa, que soava a utopia, de levar artistas emergentes de norte a sul do país cruzando as suas visões e influências numa celebração do novo, longe dos grandes centros culturais do país e sem seguir o caminho convencional de financiamentos”, explica a organização. “Deixamos uma salva de palmas a todas e todos que saíram de casa para irem à procura do desconhecido, um público que sempre soube acolher e que se deixou emocionar durante cada espetáculo”, acrescenta.

O festival Emersivo regressa em 2026, anunciando já uma das paragens que fará no próximo ciclo. Assim, nos dias 22 e 23 de maio, o festival regressa ao Louro em Vila Nova de Famalicão para uma edição que promete mais talento e muitas novidades.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Festival Emersivo/Mafalda Castro/Rebeca Fernandes

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