No ano em que Portimão assinala 101 anos de elevação a cidade, o Município celebrou as pessoas que, todos os dias, a constroem, cuidam, inspiram e reinventam. Por isso, entre 5 e 13 de dezembro, o programa comemorativo integrou momentos oficiais, propostas culturais e desportivas, além de múltiplas iniciativas dinamizadas pelo movimento associativo, promovendo uma participação alargada nas comemorações deste marco da identidade e da história locais.
O Dia da Cidade, assinalado a 11 de dezembro, arrancou, no Largo 1.º de Maio, com o Hastear da Bandeira, momento que contou com a participação da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Portimão, da Sociedade Filarmónica Portimonense, da Sociedade Columbófila, bem como de forças de segurança e demais entidades locais. A Sessão Solene do Dia da Cidade foi o ponto alto destas comemorações, um momento por excelência para afirmar o papel central das pessoas na construção de Portimão, que principiou com a intervenção institucional do presidente da Assembleia Municipal, Carlos Café, seguindo-se diversos testemunhos que refletem a diversidade humana de Portimão, a cargo de José Maria Batista Correia (sócio n.º 1 e honorário do Boa Esperança Atlético Portimonense e sócio n.º 1 e fundador da Sociedade Filarmónica Portimonense), Mahomed Americano (médico cirurgião), Meinke Flesseman (artista plástica estrangeira residente em Portimão), Kluayver da Silva Queiroz, Júlio César dos Santos e Carinha Silva Semedo (autores do projeto vencedor do 1.º Orçamento Participativo Jovem Portimão 2024-2025, intitulado Feira Suprime Culinária & Cultural) e Eva Pereira (aluna mentora da turma do 8.º C da EBS Bemposta), intercalados por momentos musicais pelas mãos de Vasco Ramalho (vibrafone e MalletStation), Tuniko Goulart (Violão 7 Cordas), Gustavo Gonçalves (Bateria) e Gabriel de Rose (Voz).
A cerimónia terminou com o discurso do presidente da Câmara Municipal de Portimão, Álvaro Bila, que começou, inevitavelmente, por recordar Manuel Teixeira Gomes, não apenas por ter assinado — como Presidente da República — o decreto de 11 de dezembro de 1924 que deu o estatuto de cidade a Portimão, “mas pela sua vida exemplar como diplomata, como escritor incomparável e como humanista inteiro”. “A sua postura serena, o desapego perante as vicissitudes do poder e a sua busca incansável pela Verdade continuam a ser um exemplo permanente de ética republicana e de serviço público. Mas há um passado mais recente que também nos convoca: o dos cidadãos anónimos. Porque as cidades não são feitas apenas de pedra ou de betão, são feitas de gente. São o espelho da generosidade, da intervenção cívica e da força das suas gentes. Por isso, quisemos trazer hoje a este palco precisamente isso: cidadãs e cidadãos de Portimão que, todos os dias, constroem esta comunidade com o seu trabalho, com o seu voluntariado, com o seu talento ou simplesmente com a sua presença firme e solidária. A eles, o nosso reconhecimento eterno”, declarou o edil portimonense.
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Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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