Mal chega o mês de dezembro, inevitavelmente no nosso pensamento começa a surgir o Natal. Época de fraternidade e alegria e também tempo em que as famílias se juntam para confraternizarem normalmente à mesa, comendo bacalhau, peru, fritos e outras iguarias da tradição natalícia. Também época de presentes que funciona para o comércio local, e não só, como um balão de oxigénio, especialmente por se celebrar na época baixa.
Mas, saberão a maioria das pessoas, especialmente os religiosamente não praticantes, a verdadeira origem do Natal? E os mais novos, especialmente aqueles que não praticam qualquer atividade religiosa, saberão que por trás da festa dos brinquedos existe uma tradição e uma história? Creio que é oportuno fazer um refresh de memória sobre o assunto
O Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo e a palavra «natal» deriva do latim «natalis», que significa «relativo ao nascimento». A sua origem mistura a celebração cristã do nascimento de Jesus com festividades pagãs antigas, como o solstício de inverno romano, e a data de 25 de dezembro foi oficializada pela Igreja Católica no século IV como forma de cristianizar essas outras celebrações, comemorando o nascimento de Jesus Cristo em Belém, visto como o momento em que Deus veio à Terra para revelar seu amor pela humanidade.
Para além do contexto religioso, o Natal é amplamente celebrado como um momento de festa, união familiar e amor ao próximo, incorporando costumes de outras celebrações, como a troca de presentes inspirada nos presentes e a ceia.
Ao longo dos tempos foram-se introduzindo imagens e símbolos que inevitavelmente passaram a fazer parte da tradição, tais como o Pai Natal que traz os presentes, o presépio que retrata a cena do nascimento de Jesus num estábulo, as velas que representam a luz que ilumina a vida, a estrela que guiou os três reis magos, os sinos que marcam o som dos céus e a árvore de natal fruto da influência das festas nórdicas e que simboliza a paz, a vida e a esperança, foram gradualmente incorporados à tradição natalina.
Valentim Filipe, músico, professor aposentado e dirigente associativo
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