O Município de Olhão inaugurou, no dia 22 de dezembro, o Parque Ribeirinho Olhão Poente, bem como as obras de renaturalização das Tapadas, assim se concluindo uma ligação da frente ribeirinha até às salinas de quase 4 quilómetros de extensão e que agora está ao dispor das famílias olhanenses. “Fazia falta concluir esta ligação. Passávamos por uma área que estava muito degradada, que não estava requalificada, e assim ganhamos uma nova zona de fruição pública no concelho de Olhão, para os nossos munícipes, para os nossos jovens e suas famílias, e também para quem nos visita”, declarou Ricardo Veia Calé, presidente da Câmara Municipal de Olhão.

Ora, a norte do Parque Ribeirinho Olhão Poente localizam-se as antigas instalações das oficinas municipais, o canil e os estaleiros da Ambiolhão, sendo que o canil foi, entretanto, transferido para o novo CROA – Centro de Recolha Oficial de Animais de Olhão e as oficinas da autarquia também já foram dali retiradas. “Falta somente tirar as oficinas da Ambiolhão e já hoje foi aprovada, em reunião de câmara, a empreitada para a requalificação final da Avenida 5 de Outubro, desde a rotunda do cavalo-marinho até à rotunda da entrada da cidade, não apenas da rede viária, mas também da rede pedonal e da envolvente paisagística”, revelou o edil. “Vamos privilegiar a utilização pedonal, inclusive com uma grande artéria central para a prática desportiva. Com isto demonstramos que estamos cada vez mais dedicados em fazer uma boa requalificação do espaço público, para que seja cada vez mais aprazível construir família e viver neste grande condomínio que é o concelho de Olhão”, reforçou.

Aberto oficialmente o Parque Ribeirinho Olhão Poente, procedeu-se à inauguração da requalificação das Tapadas, num desafio conjunto do Município de Olhão e do Parque Natural da Ria Formosa que nasceu do empenho do anterior edil olhanense António Miguel Pina, agora presidente da Câmara Municipal de Faro. “Era uma vontade de longa data do nosso anterior presidente, foi pensada e desenhada por ele, e, em parceria com o Parque Natural, fomos construindo, ao longo dos anos, a solução que aqui poderia ficar”, destacou Ricardo Veia Calé. “Semana a semana, cada vez que tentávamos aplicar uma nova estratégia de intervenção, encontrávamos novos desafios. Como resultado final do empenho e dedicação de todas as partes envolvidas, Olhão deixou de ter uma zona degradada e de utilização um pouco duvidosa e ganhou uma zona bastante bonita, onde dá vontade passear. De certeza que Olhão vai passar a ter o melhor por-do-sol do mundo, com a Ria Formosa logo à nossa frente e com a maré a subir e descer ao longo do dia”, afirmou o autarca. “Temos grandes projetos para este espaço, incluindo um festival de jazz já em 2026 que vai ser uma referência a nível regional e nacional”, desvendou.

A requalificação das Tapadas implicou um investimento na ordem dos 800 mil euros, ao passo que o Parque Ribeirinho Olhão Poente custou cerca de 1 milhão e 100 mil euros. Ou seja, cerca de 2 milhões de euros, com uma parte a chegar do Algarve 2030, indicou Ricardo Veia Calé. “Antigamente havia aqui muitas zonas escondidas, pouco iluminadas, que causavam alguma insegurança às pessoas que faziam esta marcha pedonal em direção às salinas. Agora, com este espaço tão agradável, o movimento de famílias será muito maior, com várias zonas de estar e de lazer. Quanto à finalização da requalificação da Avenida 5 de Outubro, o objetivo é lançar o concurso já em janeiro de 2026, para uma empreitada de 2,3 milhões de euros com um prazo estimado de conclusão de 18 meses. Da BelaOlhão à Avenida 16 de julho já foi requalificada, assim como a zona entre o Grupo Naval de Olhão e o Real Marina Hotel, ficava por fazer o troço até à entrada da cidade. Ficaremos com uma das frentes ribeirinhas de maior dimensão do Algarve”, salienta o presidente da Câmara Municipal de Olhão.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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