Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
A primeira a desfilar foi o grupo de 50 crianças da Fundação
António Aleixo, que apresentou o tema «Quarteira dos Pequeninos», com as
bancadas repletas de pessoas a desdobrarem-se em aplausos perante os sorrisos e
desinibição destes marchantes de palmo e meio.
Com 30 anos de existência, as Florinhas de Quarteira
trouxeram ao Calçadão «Quarteira no Coração», sendo um dos mais carismáticos
grupos de marchas, pela particularidade de ser constituído apenas por meninas e
jovens raparigas.
A Marcha Poeta Pardal apresentou as «Tradições de Portugal»,
numa viagem pelo país que foi do coração de filigrana minhoto, à azulejaria
portuguesa espalhada pelas nossas cidades, a calçada portuguesa, ao Fado ou ao
Corridinho algarvio.
Os 60 elementos da Marcha da Rua Vasco da Gama também
apresentaram um tema patriótico: «Isto é Portugal». Os marchantes vestiram as
cores da bandeira nacional para um desfile cheio de alegria que pretendeu
mostrar aos muitos turistas que se encontram em Quarteira por esta altura do
ano a riqueza cultural e das nossas gentes.
Um dos grupos mais inovadores e emblemáticos destas Marchas
Populares, a Marcha da Rua da Cabine, interpretou «Quarteira das Varinas
Marafadas», com a participação de 65 marchantes. Sendo Quarteira uma terra de
pescadores, os pregões das varinas são o chamariz da Lota do peixe e foi este
ambiente típico que o grupo recriou.
«Quarteira à Noite» foi o mote do desfile da Rua do Outeiro.
Uma merecida homenagem a esta linda cidade que brinda os residentes e
visitantes com tantas noites cálidas e luminosas. O grupo fez também uma
homenagem a um homem que colaborou durante muitos anos com as Marchas de
Quarteira, recentemente falecido: Angel Concepcion.
Juntou-se também à festa a Marcha da Rua Gago Coutinho, com
o tema «Desfolhada Portuguesa». O grupo trouxe uma feliz memória de uma
tradição portuguesa que a todos encanta e faz sonhar. Reza a história que,
antigamente, as raparigas iam para os campos apanhar as maçarocas do milho,
sendo que, depois, as carregavam e as desfolhavam, fazendo uma grande festa nas
suas aldeias, tendo em vista a procura do milho-rei que lhes permitia beijar a
pessoa amada.