Nos dias 16 e 17 de novembro, a aldeia de Martim Longo foi cenário da XV Feira da Perdiz, evento anual que celebra as tradições cinegéticas, a cultura e a gastronomia da região. Organizada pela Câmara Municipal de Alcoutim, continua a oferecer uma programação diversificada, com atividades para toda a família e a oportunidade de explorar o património natural e cultural do concelho.
A Avenida dos Almocreves voltou a ser o ponto central do certame, com os visitantes a encontrarem exposições, demonstrações de falcoaria, atividades equestres, a participarem numa cãominhada e a assistirem a concursos de cães e matilhas, além de diversas iniciativas dedicadas ao público infantil. O evento visa, não só valorizar o setor da caça, mas também promover os produtos locais e as tradições da região e, para além das atividades contínuas, como o corte de madeira e exposições sobre aves e os 200 mil anos de caça, a animação musical foi outro dos grandes destaques, com a cantora Mónica Sintra e o Grupo Musical Adiafa.
Como é costume, o momento inaugural contou com a presença de diversos autarcas e dirigentes associativos da região para celebrar a rainha da caça, a perdiz vermelha, num concelho que possui características extraordinárias para o seu desenvolvimento. “Esta espécie contribui de forma significativa para economia deste território, sendo um pilar das caçadas realizadas e de toda a atividade gerada em torno da sua preservação e promoção. Contribui, sem dúvida, para o desenvolvimento turístico de Alcoutim e para o tratamento e manutenção dos solos, melhorando as condições para a fixação da espécie e preservando o nosso património natural”, afirmou, na ocasião, Paulo Paulino, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim.
Consciente da importância e do potencial do setor da cinegética, a autarquia alcouteneja tem apostado no reforço das sinergias neste domínio, como é exemplo a criação do Sistema de Incentivos do Município para as Zonas de Caça Associativas, cuja apresentação teve lugar, precisamente, na edição de 2023 da Feira da Perdiz. Trata-se de um incentivo operacionalizado através de um protocolo assinado, durante as Jornadas do Mundo Rural realizadas em 2024, e que reúne mais de duas dezenas de parceiros (entre a Federação de Caçadores do Algarve, Associações e Clubes de Caça e Pesca). “Com um montante associado superior a 120 mil euros, este é, em nosso entender, um importante instrumento ao serviço da otimização dos recursos existentes, permitindo cumprir objetivos, quer na área da cinegética, quer da proteção civil, através da instalação e manutenção de pastagens, para a fauna, na rede de Faixas de Gestão de Combustível e da beneficiação de caminhos agrícolas. Este é o primeiro ano da execução desta parceria e acreditamos que, no futuro, possamos ir mais além naqueles que são os objetivos estabelecidos, quer através da agregação de novas vertentes, quer da ampliação da rede de parceiros”, declarou Paulo Paulino.
Apesar da perdiz e da caça, em geral, serem o grande enfoque deste certame, a verdade é que, atualmente, a iniciativa transforma Martim Longo numa grande montra do que de melhor se faz no concelho, sendo, igualmente um excelente destino para as famílias que pretendam disfrutar de uma visita a este território. “A nossa feira é também uma ocasião única para saborear os pratos de caça e outras iguarias da região, bem como para dar a conhecer o nosso artesanato e produtos regionais. Quero, por isso, deixar o meu agradecimento a todos os expositores das diversas áreas, e demais entidades que contribuem para que este evento se concretize. Um agradecimento especial ao Orlando Anselmo e Rui Anselmo pela disponibilidade sempre demonstrada para que possamos realizar a Feira da Perdiz em parte de um terreno que é seu. E ainda uma palavra especial para toda a equipa de trabalhadores da autarquia que, com dedicação, esforço e empenho, tornam possível a realização deste certame”, indicou Paulo Paulino antes de se iniciar a tradicional visita inaugural ao recinto da feira.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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